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METODOLOGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM

    O ensino-aprendizagem é um processo cíclico, bastante demorado para qualquer pessoa em uma área específica do conhecimento. Então o Senshikido explicitará um método para facilitar o entendimento pelos alunos nos vários parâmetros que rodeiam o Aikido, principalmente no que tange às técnicas.

       A artes marciais trabalham no modelo “tentativa e erro”, por tal razão, sempre se deve realizar as mesmas atividades ao longo do tempo, para que o corpo do aluno tenda à perfeição e se crie a memória muscular.

     Os praticantes serão incentivados, desde a faixa branca, a treinar e superar suas próprias expectativas; eles serão avaliados de forma técnica, moral e ética, utilizando-se sempre da transparência. E o que isso significa isso? Serão mostrados os acertos e indicados as formas de autoaperfeiçoamento.

     Não é errado dizer que, de certa forma, os aikidocas aprendem sozinhos. A ideia dessa afirmação se sustenta no fato de que o Sensei mostrará uma determinada técnica diversas vezes, mas o aikidoísta que terá que sentí-la, adaptá-la ao seu biotipo e à energia recebida, entendendo com o seu próprio corpo o que se deve realizar, de maneira a percorrer o seu caminho. O professor não fará o exame pelo aluno, mas indicará todos os passos necessários para alcançar com folga os objetivos propostos pelo Dojo.

    Sendo assim, a implementação do Ciclo do PDCA (Plan, Do, Check e Action), exemplificado na figura a seguir e utilizado em várias áreas do conhecimento, é um fator muito significante.

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    Com base nesse conceito, o Sensei planejará suas aulas, definindo métodos e metas; executará o seu plano, treinando e educando os seus alunos; verificará se as metas e os resultados almejados foram alcançados; e depois realizará a ação corretiva ou preventiva, a fim de aprimorar o processo, criando-se o novo ciclo.

      Segue a descrição do aludido ciclo.

     A 1ª Fase do Ciclo do PDCA é o Planejamento, onde serão definidas as técnicas, o foco dessas, datas de aulas com Buki Waza (treinamento com armas), a fim de que os alunos possam levar os seus materiais, e outras ideias importantes para vida do Dojo.

    A 2ª Fase é a Aula propriamente dita. Nela serão efetuados treinamentos para rolamentos/ quedas (ukemis), pré-exames, exames, seminários (se possível), alongamento, entendimento do vetor da energia, conhecimento e entendimento do desenho da técnica, Tai sabaki (movimentos de esquiva com o quadril), Shikko (deslocamentos ajoelhados), técnicas em Suwari Waza (de joelhos), conceitos variados da arte (makoto, metsuke, zanchin e outros), controle do centro, manutenção do contato (awase), kuzuchi (desequilíbrio) e shikaku (ponto fraco), técnicas simples e também que busquem a fluidez e a evolução da energia.

    Nesse pensamento, em todas as aulas serão treinadas um pouco de técnicas de Kokyu (respiração com energia), no nível técnico da graduação de cada aluno, mesmo que sem muito Ki, e um pequeno Jyu Waza (técnicas livres), permitindo ao instruendo reavivar a sua memória e proporcionar o seu futuro cabedal do conhecimento.

     O importante é não pular etapas. Tudo terá o seu momento. Pular etapas poderá machucar o Uke (atacante), principalmente no decorrer das quedas, e/ou poderá criar no Nage a falsa impressão de conhecimento em virtude da faixa obtida antes do seu correto tempo (não será o caso deste Dojo), o que também poderá acarretar lesões e até mesmo não ocorrendo a técnica da forma que deveria.
    O Mental training (treino mental) será incentivado fora do ambiente do Dojo, assim como treinos de esquiva. Isso terá o intuito do aluno realizar, sem um parceiro, os movimentos básicos, para que os decore e reflita sobre os Tai sabakis empregados.
    Para tanto, as técnicas executadas terão uma certa periodicidade cíclica, para que de tempos em tempos o aikidoísta execute novamente aquele mesmo movimento, rebuscando-o a cada oportunidade. Então, é importante frisar novamente que a arte marcial é trabalhada no modelo “tentativa e erro”, por tal razão se deve buscar conhecer seus erros, corrigí-los e aprimorar os acertos.


     A 3ª Fase é a Checagem, a qual é parte essencial no processo de aprendizagem. O acompanhamento será diário, a fim de fazer o praticante evoluir. Quando o aluno atingir o nível técnico para a realização de exame de graduação, serão realizados os pré-exames, que abordarão as técnicas previstas no Programa de faixas e outras que permitirão a sua correta evolução.

     O avaliado saberá o que lhe será cobrado, em nível de técnicas e virtudes (como asseio do Dogi, energia, força em demasia ou em falta, controle emocional, controle da respiração, fluidez, ukemis, dentre outros). Uma ficha de avaliação será preenchida e debatida com o avaliado com o devido respeito, na 4ª Fase. A humildade se fará presente, para que se melhore o processo.

    A 4ª Fase é a Ação, ou seja, a divulgação dos fatos observados pelo avaliador. Nesse momento serão mostrados os erros, os acertos e as oportunidades de melhorias ao avaliado. É na retroalimentação (feedback) ou retificação da aprendizagem (Retap) onde se aprende o autodesenvolvimento, aprimora-se o processo, corrigem-se os erros (ação corretiva), padronizam-se atividades e realiza-se uma “sintonia fina” de algo que poderá gerar algum problema no futuro (ação preventiva).

    Salienta-se que qualquer atividade humana, principalmente a física e a marcial, possui um Risco Calculado. O Risco Calculado está implícito no Ciclo do PDCA. A administração do risco contempla várias etapas cíclicas, visando o gerenciamento e a redução do risco. Por isso se deve minimizar ao máximo incidentes no Dojo, daí a importância dos ukemis, seu treino diário, o acompanhamento pelo Uke, a execução do feedback, o estudo progressivo do Aikido e a atenção na aula do Sensei.

      Nesse sentido, visando a evolução constante e gradativa do aikidoísta, haverá um foco muito grande com relação aos ukemis e aos Tai sabakis, os quais facilitarão a aprendizagem e darão confiança para alcançar outros desafios, evitando assim os incidentes e incentivando os novos integrantes a chegar em níveis mais altos, com a devida progressividade.

  No vídeo são apresentados 50 tipos de rolamentos, de níveis básicos a avançados.

     Em nosso Dojo a maioria deles será treinado, pois em alguns casos do que foi mostrado houve apenas pequenas variações do mesmo objeto.

  Pode ser observado que para todos esses Ukemis sejam executados, o aluno terá muito a que se dedicar, pois o caminho é longo, mas é totalmente possível.

    Com vistas no objetivo final desejado, no ensino progressivo e na correta absorção dos conhecimentos, sem pular etapas nesse processo, a pressa em querer "voar" cedo demais, fazer a técnica com muita força e a vontade em querer adivinhar o que será recebido, sem sentir o movimento, não são procedimentos desejáveis.

      O aluno terá que entender os parâmetros definidos na 2ª Fase do Ciclo do PDCA para se aprimorar. Sendo assim, serão sugeridos os seguintes passos, ao longo do tempo, aliados aos supracitados parâmetros:

  1. Fazer a técnica com pouca energia e devagar (visando entender/gravar o seu desenho), de forma estática e com kamae (base) específico, com pouca sinceridade no ataque, existindo pouca efetividade na defesa. O Mental training ajudará nessa compreensão.

  2. Repetir o passo Nr 1., aumentando-se a rapidez.

  3. O Uke passa a tornar o ataque mais sincero.

  4. A efetividade na técnica melhora.

  5. Implementação da dinamicidade na defesa, criando-se a harmonia Uke/ Nage, antecipando o ataque. O Uke acompanha o movimento sem saber o que receberá.

  6. Realizar técnicas sem definição prévia da base, fazendo com que o Nage se adapte ao movimento.

 

                                A proteção do Uke pelo Nage DEVE ser uma premissa constante.

                                O Uke também deve saber se proteger.

  Agora 3 técnicas são apresentadas de 2 formas, sempre utilizando os dois lados do corpo.

  Na 1ª forma a movimentação é mais lenta, com algumas paradas, semelhante a realização de um praticante nas primeiras faixas.

  Na 2ª ocorre maior dinamicidade e energia, próprio das faixas mais avançadas.

    Ano: 2019.

    Nage: Sensei Leonardo, 2º Dan.

    Uke: Ubiratan, 1º Dan.

    Filmado no Aikido Kawai DF Dojo, no Guará II, em Brasília-DF.

    A pressa no decorrer de todo esse processo deve ser evitada. Como comentado anteriormente, o entendimento do desenho da técnica é um dos primeiros passos a se realizar, depois virão todos os demais.

  Mesmos os mais graduados têm que entender o que fazer antes de colocar energia nos seus movimentos (quando são mostradas novas técnicas ou com novos enfoques), caso contrário os parâmetros como desequilíbrio e vetorização da técnica não ocorrerão.

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Ano: 2017.

Nage: Sensei Leonardo, então 1º Dan.

Uke: Fábio, 3º Kyu.

Filmado na antiga sede do Heiwa Aiki Dojo, Campo Grande-MS.

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Paciência é a chave para o desenvolvimento no Aikido.

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